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A explosão do Microlearning

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Microlearning

Como o nome já sugere, o microlearning é uma solução de ensino a distância que utiliza módulos de aprendizagem reduzidos para construir gradualmente o conhecimento.

Apesar de se valer da regra  “menos é mais”, não se trata de simplesmente dividir o conteúdo de um treinamento tradicional em partes pequenas. O design instrucional do microlearning exige soluções diferentes das utilizadas nos formatos tradicionais do e-learning.

É uma tendência explosiva na Educação Corporativa que vem sendo impulsionada por três fatores: a crescente utilização de smartphones, o aumento da presença de pessoas geração Y e a pressão para a obtenção de cursos ágeis com baixo custo de desenvolvimento, implantação e manutenção.

Por utilizarem módulos de aprendizagem com tempo reduzido e linguagem simplificada, os conteúdos do microlearning são muito mais fáceis de serem apreendidos pois a carga cognitiva fica otimizada.

Carga cognitiva – quantas unidades discretas de informação podem ser mantidas na memória de curto prazo antes que ocorra a perda de informação.

Além de apresentarem baixos custos de desenvolvimento e atualização, os cursos no formato de microlearning são muito convenientes por causa da sua simplicidade e agilidade de acesso. Com isso, os benefícios logo aparecem para as empresas que os adotam. Alguns resultados que o microlearning pode propiciar para as empresas são:

  • Fortalecimento dos ponto de retenção de uma franquia (relevância) – cursos disponibilizados no formato de microlearning torna o vínculo dos franqueados muito mais forte. Temas como melhoria de qualidade, mudança de normas, procedimentos e tendências de mercado podem fazer parte dos cursos no formato microlearning;
  • Aumento dos resultados de vendas  (agilidade) – a equipe de vendas é preparada e atualizada utilizando seus smartphones em campo. A estratégia de distribuição dos conteúdos é coordenada a distância com foco no aumento dos resultados;
  • Diminuição do tempo de integração (engajamento) – além das atividades presenciais, o programa de integração de novos colaboradores é integrado com a plataforma de microlearning. A base de conteúdos fica disponível no portal da Universidade Corporativa e pode ser acessada no momento mais conveniente para o colaborador;
  • Melhora do clima organizacional (eficácia) – desgastes e falhas são evitados pois os colaboradores tem sempre a sua disposição conteúdos atualizados sobre cidadania corporativa, contexto empresarial e competâncias básicas;
  • Engajamento dos clientes (qualidade) – os clientes aprendem a utilizar os produtos e serviços através de cursos no formato microlearning. Além do funcionamento e características técnicas, podem ser difundidas informações mais amplas tais como aplicações específicas e casos de uso. Além do engajamento do cliente, essa ação pode representar uma diminuição expressiva da carga sobre o SAC da empresa.

Desenvolver um projeto de microlearning exige cuidados especiais.  Para que todo potencial do microlearning seja alcançado, sugere-se as seguintes práticas:

  1. Manter o foco nas necessidades do aluno no contexto em que ele necessitará daquele conhecimento;
  2. Passar a informação de forma direta, através de roteiros enxutos;
  3. Apresentar um único objetivo de aprendizagem por módulo;
  4. Permitir que o aluno faça as suas próprias trilhas de aprendizado (e eventualmente sugerir outras);
  5. Possibilitar o reuso de módulos em cursos diferentes;
  6. Priorizar a utilização de vídeos, animações e infográficos como meio de exposição de conteúdo;
  7. Dar a opção para o aluno responder uma avaliação de aprendizado no final de cada módulo.

Exemplos abertos de microlearning são a Khan Acadmy, as palestras do TED Talks e os canais educativos do Youtube. Em Educação Corporativa essa iniciativa tem apresentado melhoras no desempenho dos alunos, retorno de investimento e baixos custos de implantação.

Por esses motivos, tudo indica que o microlearning é uma tendência que veio para ficar.

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ENSINO ADAPTATIVO

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Infográgico do Ensino Adaptativo

De forma bem simplificada, os sistemas adaptativos mapeiam o conhecimento e o perfil de aprendizado de cada aluno e direcionam a ele conteúdos na medida da sua necessidade. Ou seja, nem muito fáceis, nem muito difíceis e do jeito que o aluno gosta (cada pessoa tem uma preferência na forma de aprender). A cada novo avanço, o sistema direciona novos recursos para o aluno, amenizando sua curva de aprendizagem através de uma trilha de aprendizado individualizada.

Mesmo que a aprendizagem adaptativa ainda tenha muito a evoluir, trata-se de uma tecnologia promissora

À medida que melhoram a eficácia pedagógica/andragógica, os sistemas adaptativos armazenam o perfil de aprendizado do aluno. Esse big data da educação fornecerá métricas até então ignoradas pela humanidade e que encherão os olhos dos profissionais de comunicação, marketing e estudos do comportamento humano.

Imagine um cenário de educação corporativa onde após anos de aprendizado rastreado por um sistema dessa natureza, cada aluno/colaborador entregará dados do seu perfil de comptências e habilidades que permitirão revelar sobre ele coisas que ele mesmo jamais saberia.

Os sistemas adaptativos são compostos por quatro módulos que se interligam:

  • Mediateca
  • Aluno
  • Instrucional
  • Ambiente Instrucional

No módulo Mediateca todo o material instrucional fica armazenado. Ele pode incluir desde questões até aulas, tutoriais e metodologias de como solucionar as questões.

O módulo Aluno acompanha e “aprende” sobre o aluno. Ele é composto por um questionário dinâmico que seleciona questões fáceis ou difíceis de acordo com a taxa de acerto do aluno, utilizando para isso um complexo algoritmo. À medida que o aluno interage, o sistema faz sucessivos ajustes finos, e em alguns casos, até classificando as dificuldades do aluno em termos conceituais ao invés um simples nivelamento de habilidades.

O módulo Instrucional tem como objetivo selecionar e montar planos de estudo e recursos educacionais que atendam às necessidades especificas do aluno a partir das suas dificuldades identificadas no módulo Aluno.

Por fim, no Ambiente Instrucional o aluno interage com o sistema através de uma interface gráfica que pode rodar em um aplicativo ou em um navegador web.

Mesmo que a aprendizagem adaptativa ainda tenha muito a evoluir, trata-se de uma tecnologia promissora. Prova disso é a união da editora Santillana (2° maior grupo editorial do mundo) com a KNewton (startup líder mundial de tecnologia de aprendizagem adaptativa e que já recebeu US$ 100 M de aporte). Entre outras coisas, esse fato evidencia que o modelo de negócio das editoras está cada vez mais próximo de uma empresa de TI do que das prensas de Gutemberg.

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PIRÂMIDE DICS

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Pirâmide DICS

A transformação de dados em conhecimento é um dos grandes desafios da atual fase da Era da Informação. Para dar significado e relevância à enxurrada de dados que são gerados diariamente, estão sendo inventadas tecnologias dentro de uma área de conhecimento denominada Ciência da Informação.

A Pirâmide DICS – Dados, Informação, Conhecimento e Sabedoria (DIKW Pyramid, em inglês), é uma forma interessante de representar a interpelação entre essas entidades. Por sua simplicidade é frequentemente utilizada em sistemas de Gestão de Informação, Gestão de Conhecimento e Educação Corporativa.

 

A PIRÂMIDE

A primeira leitura que se faz dela é que para se ter informação, precisamos de um número maior de dados. Para se ter conhecimento, é preciso um número maior de informação. Por fim, para se ter sabedoria, é necessário ter um número maior de conhecimento.

A Pirâmide DICS é uma forma interessante de representar a interpelação entre essas entidades

É importante deixar claro que essa é só uma representação dessas interrelações, e não uma explicação de como essas entidades se formam. Ou seja, não basta juntar um monte de dados de um lado para que apareça sabedoria do outro. Outro aspecto importante para se refletir é sobre a quebra em camadas de cada fase, afinal, quando é que um conjunto de dados passa a se tornar informação deixando de ser apenas dados?

Deixando de lado esses importantes questionamentos conceituais, vamos descrever cada camada da pirâmide:

Dados – são elementos estruturados, provenientes de uma coleta ou pesquisa. Podem ser classificados em termos de fatos, sinais, ou símbolos e identificados como palavras, números, códigos, tabelas ou base de dados;

Informação – a informação surge a partir da estruturação ou organização de dados processados para um fim/contexto especifico. Permite identificar o “o que”. Se apresenta no formato de sentenças, equações, conceitos e ideias;

Conhecimento – é composto por uma mescla de informação contextualizada, valores experiências e regras. Permite identificar o “como”. Estão na forma de livros, teorias, conceitos e axiomas;

Sabedoria – é o estágio mais complexo de se definir e ocorre quando há a ressignificação dos outros níveis em combinações metalinguísticas. Permite identificar o “por que”. Expressa-se em compêndios, paradigmas, sistemas, leis e princípios.

Apesar do caminho mais evidente, de baixo para cima, podemos fazer outras leituras sobre a Pirâmide. Nela, a medida que subimos, aumenta a complexidade e o valor desses elementos. Por exemplo, para um investidor é mais importante saber qual ação irá subir ou cair nas próximas horas do que ter em mãos todos os indicadores econômicos da última semana.

 

CONCLUSÃO

Apesar de suas restrições a Pirâmide DICS é um valioso recurso conceitual que pode ser utilizado no projeto e desenvolvimento de ações de Gestão de Informação, Gestão de Conhecimento e Educação Corporativa. Sempre que precisar, utilize a imagem ao lado nos seus treinamentos e apresentações.

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VISUALIZAÇÃO DE DADOS

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Assim como seus produtos/serviços, logotipos, equipes e modelos de negócio os dados gerados por uma empresa dizem muito ao seu respeito.

Quando contextualizados em um ambiente competitivo, esses dados podem ser de grande valia nas tomadas de decisão que direcionam o cotidiano de uma empresa.

Mas como identificá-los, classificá-los e compreendê-los? Uma forma bem simples é tornando-os visíveis através de uma técnica chamada visualização de dados.

 

CONCEITUAÇÃO

Dá-se o nome de visualização de dados (data visualization, ou datavis em inglês) à representação visual de dados numéricos. Os resultados podem ser apresentados na forma de gráficos, infográficos, animações, gráficos interativos ou painéis de dados. Seu objetivo é permitir, a partir dos dados numéricos, a visualização de padrões e gerar insights.

Em outras palavras, transformar dados em informação visual que, por sua vez, pode se tornar conhecimento e até em sabedoria tal como ilustrado na Pirâmide DICS (Data Information Knowledge Wisdom – DIKW Pyramid).

DADOS > INFORMAÇÃO > CONHECIMENTO > SABEDORIA

A visualização de dados é uma área inovadora e que tem o desafio de equilibrar atributos estéticos (forma), funcionais (função) e informacionais (dados). A visualização de dados deve ir além de uma boa comunicação e estimular engajamento e atenção do espectador, revelando um conhecimento que jamais seria alcançado através de uma mera lista de números.

 

VER É PODER

Para o estatístico sueco Hans Rosling “Dados estatísticos não chegam até as pessoas naturalmente. Muito pelo contrário. A maioria das pessoas entendem o mundo de forma tendenciosa ao generalizar experiências pessoais. Os meios de comunicação tratam os eventos ‘dignos de notícia’ de maneira exagerada, dando importância para mudanças rápidas e desconsiderando as mudanças lentas e estáveis”.

A visualização de dados é uma área inovadora e que tem o desafio de equilibrar atributos estéticos (forma), funcionais (função) e informacionais (dados).

A visualização de dados em dispositivos digitais ganha um poder adicional através de animações e recursos interativos. Na tela de um computador, por exemplo, o usuário pode selecionar, filtrar, relacionar, animar e visualizar séries de dados em tempo real obtendo resultados surpreendentes.

 

APLICAÇÕES

A visualização de dados tem crescido muito nos últimos anos. No ambiente corporativo as aplicações podem ser em sistemas de controle financeiro, gestão empresarial (ERP), inteligência de negócios (BI), gerenciamento de relacionamento com clientes (CRM), marketing digital, educação corporativa e qualquer outra aplicação que utilize bases de dados.

A área de educação corporativa, especificamente, tem muito a se beneficiar com essa tecnologia, seja através da visualização de dados que fazem parte do escopo dos conteúdos de treinamento e desenvolvimento, seja através da visualização dos dados de acesso dos usuários em um sistema de e-learning.

 

FERRAMENTAS

Listamos algumas ferramentas que integram as áreas de visualização de dados e inteligência de negócios:

Pentaho
http://www.pentaho.com/
Plataforma de integração de dados e análise de negócios.

Geckoboard
www.geckoboard.com
Plataforma web de integração e visualização de dados.

Sisense
http://www.sisense.com/
Software de inteligência de negócios e painel de dados.

Birst
www.birst.com
Plataforma de inteligência de negócios e análise de dados.

IBM Cognos Business Intelligence
http://www-03.ibm.com/software/products/en/business-intelligence
Plataforma de inteligência de negócios e análise de dados.

TIBCO Spotfire
http://spotfire.tibco.com/
Software de análise e exploração de dados.

Necto
http://www.panorama.com/
Solução de inteligência de negócios e descoberta de dados.

Quadbase Systems
http://www.quadbase.com/
Solução de inteligência de negócios, gráficos e painéis de dados.

Chartio
https://chartio.com
Ferramenta intuitiva de criação de gráficos e painéis de dados.

Clear Analytics
http://www.clearanalyticsbi.com/
Solução de inteligência de negócios, gráficos e painéis de dados.

Halo BI
http://halobi.com/
Solução de inteligência de negócios, gráficos e painéis de dados.

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NA MIRA DO RH

Infográfico Na mira do RH.

Atualmente, identificar perfis generalistas, especialistas e multiespecialistas é uma preocupação frequente dos responsáveis pelos departamentos de RH.

Fatores como a constante mudança de tecnologias, criação de novas profissões, integração de soluções independentes e mercado globalizado exigem muito na hora de selecionar o perfil correto para cada vaga.

Uma boa pesquisa de currículos, entrevistas, dinâmicas e testes são indispensáveis para o sucesso da contratação. Mas para ajudar ainda mais, vamos conhecer um pouco mais sobre cada um desses perfis.

 

CONTEXTO

“O especialista é uma pessoa que sabe cada vez mais sobre cada vez menos, e por fim acaba sabendo tudo sobre nada”. Quem disse isso foi o ensaísta, romancista, contista, dramaturgo e jornalista George Bernard Shaw que, entre outras coisas, ganhou um Prêmio Nobel de Literatura (1925) e um Oscar (1938).

Cientes de que não existe um melhor do que outro, o importante é saber quando cada perfil é o mais adequado.

Com tantas distinções, especialista ele não poderia ser. Seria ele um generalista? Não, pois seguindo sua própria lógica e de forma maldosa, o generalista é a pessoa que sabe cada vez menos sobre cada vez mais, e, por fim, acaba sabendo nada sobre tudo.

O que ele seria então? Vamos combinar que, exagerando um pouco, Shaw por ele mesmo seria um multiespecialista, ou seja, a pessoa que sabe cada vez mais sobre tudo, e por fim fica sabendo tudo sobre tudo.

Na Grécia antiga os multiespecialistas de hoje eram chamados de polímatas (lit. “aquele que aprendeu muito”). Séculos depois surgiu a denominação homem renascentista, que era aplicada às pessoas que desenvolviam ampla e intensamente seus conhecimentos, virtudes físicas, habilidades sociais e dotes artísticos.

 

GENERALISTA – O PATO

O generalista é um perfil que vem se destacando cada vez mais, principalmente quando comparado com os numerosos especialistas disponíveis no mercado.

É facilmente identificado por ter uma formação básica e com atuação, cursos e certificações em áreas diferentes. O generalista não teme as incertezas e, surpreendentemente, costuma ser mais certeiro em predições do que os próprios especialistas em suas áreas de conhecimento (saiba mais no livro Expert Political Judgment: How Good Is It? How Can We Know? de Philip E. Tetlock  2006).

Por isso, é o perfil indicado para gerenciar e integrar equipes de áreas distintas. Quando alocado em um projeto, é o responsável por grande parte das decisões táticas. Desempenhará muito bem sua função se, além dos seus conhecimentos genéricos, contar com alguma bagagem de gestão de projetos e liderança.

É maldosamente associado à figura do pato, animal que apesar de saber voar, nadar e andar, não faz nada direito. Será?

 

ESPECIALISTA – O “FERA”

Nas áreas técnicas e acadêmicas o perfil do especialista costuma ser muito valorizado. Não costuma ser uma pessoa flexível, mas sua ascenção profissional é bem esperada quando sua área de atuação está em destaque.

Seja através de uma formação verticalizada ou notório saber comprovado, o especialista será facilmente identificado pelo seu conhecimento especializado, resultado de uma atualização focada no mesmo segmento.

O especialista é o profissional solicitado pelo generalista para executar projetos e tomar as principais decisões operacionais. Ou seja, é quem resolve os problemas. Quando um especialista se destaca, costuma-se dizer que ele é o “fera” na sua área.

 

MULTIESPECIALISTA – A QUIMERA

O multiespecialista reúne características dos dois perfis anteriores. Além de ser menos frequente é de difícil identificação já que, para avaliar corretamente seu conhecimento, exige-se grande habilidade de quem está recrutando.

Muitas vezes o multiespecialista tem perfil empreendedor e é identificado como a figura mitológica da quimera por reunir várias habilidades e competências.

Ele gosta muito de aprender, tem alta tolerância às incertezas, transita muito bem em ambientes diferentes e tem experiência comprovada em vários segmentos.

Com frequência a submete a situações em que sabe ter menos conhecimento que os outros, com o único propósito de adquirir conhecimento. O multiespecialista se destacará quando houver a necessidade de encontrar novas possibilidades, gerar ideias, conectar pessoas, idetificar padrões em situações complexas e ter uma cosmovisão do mundo.

 

MAS QUEM É O MELHOR?

Generalistas são bons em definir problemas, especialistas em resolvê-los e os multiespecialistas podem potencializar ainda mais essas duas atividades. Cientes de que não existe um melhor do que outro, o importante é saber quando cada perfil é o mais adequado.

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TABLETS COMO RECURSO DIDÁTICO

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Infografico

Cada vez mais se discute sobre a importância do uso das novas tecnologias para promover a melhoria do ensino e aprendizado nas escolas, universidades e nas organizações (educação corporativa).

Dentre essas tecnologias, destacam-se o tablets. Quando utilizados corretamente na sala de aula/treinamento, os tablets possibilitam que o professor se empodere da dinâmica da aula distribuindo conteúdos ricos e personalizando as atividades para cada aluno.

Para que isso funcione, além dos tablets, são necessárias novas práticas pedagógicas, conteúdos educacionais adequados e um sistema de gerenciamento dos tablets (também conhecido como MDM – Mobile Device Management). Ou seja, não basta uma mera distribuição de dispositivos, mas a implantação e gestão de uma plataforma completa.

Quando utilizados corretamente na sala de aula/treinamento, os tablets possibilitam que o professor se empodere da dinâmica da aula

Uma das empresas mais importantes desse segmento é a LearnPad, premiada empresa anglo americana, que possui mais de 500 mil usuários em todo o mundo.

Clique aqui e conheça o case da LearnPad desenvolvido pela Clever Corp.

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ESTILOS DE APRENDIZAGEM DE KOLB

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Estilos de aprendizado de Kolb

Imagine que você acaba de ganhar um tablet de última geração. Após tirá-lo da caixa, o que você fará para aprender a utilizá-lo?

a) colocará a “mão na massa” para aprender fazendo;
b) seguirá detalhadamente os procedimentos sugeridos pelo manual;
c) utilizará seu aparelho antigo como modelo;
d) observará como as outras pessoas o fazem.

De acordo com o Inventário de Estilos de de Aprendizagem de Kolb (“Learning Styles Inventory” – LSI), ao optar por uma das alternativas acima você estará indicando a forma como gosta de aprender.

O Inventário de Estilos de de Aprendizagem de Kolb foi desenvolvido no início dos anos 70 pelo norte americano David Kolb e é resultante de um estudo mais amplo, denominado Teoria de aprendizagem de Kolb. De acordo com ele é possível detectar como as pessoas gostam de aprender.

 

TEORIA DA APRENDIZAGEM DE KOLB

Segundo Kolb, podemos mapear o processo de aprendizagem sobre dois eixos: Processamento (como fazemos as coisas) e Percepção (como pensamos sobre as coisas).

Nas extremidades desses eixos temos dois “modos” opostos e conflitantes. No eixo do Processamento temos os modos “Experimentação Ativa” de um lado e o “Observação Reflectiva” do outro. No eixo do Processamento temos a “Experiência Concreta” de um lado e a “Conceitualização Abstrata” do outro. Ao serem sobrepostos, os dois eixos formam o diagrama de aprendizagem.

Essa ferramenta pode ser muito útil para os designers instrucionais, professores, facilitadores e palestrantes em suas atividades de ensino e aprendizado

 

DEFINIÇÃO DOS ESTILOS

Para mapear o estilo de um processo de aprendizagem, marca-se um ponto sobre cada um dos eixos de acordo com a tendência de aproximação ou distanciamento em relação aos modos. Dependendo do quadrante que a intersecção dos dois pontos se encontra, determina-se um dos quatro estilos de aprendizagem: Acomodativo, Convergente, Divergente ou Assimilador.

 

CARACTERIZAÇÃO DOS ESTILOS

Vamos saber mais sobre as características de cada estilo. Em qual deles você se identifica mais?

Acomodativo (EC/EA) – são pessoas que aprendem melhor experimentando e realizando, como por exemplo através de atividades práticas, apresentações, role-plays e debates. Combinam o gosto de colocar “a mão na massa” com atividades concretas. Utilizam mais a intuição do que a lógica. Costumam utilizar a opinião de outras pessoas ao invés das suas próprias, por isso costumam fazer muitas perguntas. Assumem uma abordagem prática e vivencial. São sociáveis, preferindo trabalhar em equipe. Costumam ser importantes em situações onde são necessárias ações e iniciativas para a realização de tarefas. Por terem pouca habilidade analítica são impulsivas. É o estilo predominante da maioria das pessoas.

Convergente (EA/CA) – são pessoas que aprendem melhor pensando e realizando. Combinam o gosto de colocar “a mão na massa” com aspectos teóricos. Gostam de realizar atividades com indicações sequenciais detalhadas (como aquelas dos manuais de operação de aparelhos), solucionar problemas específicos e testar hipóteses (tentativa e erro). Tem habilidades em encontrar aplicações práticas para ideias e teorias. Possuem poucas habilidades sociais e intra pessoais, preferindo trabalhar sozinhos realizando tarefas técnicas sem se relacionarem com outras pessoas. Não apresentam dificuldades ao experimentar inovações para solucionar problemas práticos.

Divergente (OR/EC) – são pessoas que aprendem melhor combinando sensações com observações, ou seja através de atividades práticas seguidas de um retorno. Possuem muita sensibilidade artística e conseguem ver as coisas de perspetivas diferentes. Preferem observar ao invés de agir. Suas estratégias para a solução de problemas iniciam coletando informações para em seguida usarem a criatividade e a inventividade para oferecer mais de uma solução possível. A denominação “divergentes” se dá pelo fato de terem bom desempenho em situações que requerem geração de idéias, como grupos de trabalho e brainstorms. Possuem vasto interesse cultural e gostam de pessoas. Preferem trabalhar em grupo, ouvindo sugestões com mente aberta e recebendo feedbacks pessoais. Gostam de autonomia na busca de conhecimento.

Assimilador (CA/OR) – aprendem melhor combinando observação e pensamento, por isso suas preferências por palestras, conferências e aulas. Para eles, idéias e conceitos abstratos são mais importantes do que pessoas, portanto são pouco sociáveis. Tem facilidade com números e modelos conceituais, preferindo especulações abstratas em detrimento de situações práticas. Compreendem as informações de forma ampla e as organizam de forma clara e lógica. Tem propensão para a carreira científica. Gostam de explorar modelos analíticos e de ter tempo para pensar e refletir sobre as coisas.

 

CONCLUSÃO

Essa ferramenta pode ser muito útil para os designers instrucionais, professores, facilitadores e palestrantes em suas atividades de ensino e aprendizado. Vale dizer que os estilos não são traços fixos de personalidade, mas padrões estáveis ​​de comportamento e podem variar dependendo das circunstâncias. Por isso, podem ser considerados mais como preferências de aprendizagem do que “estilos” propriamente ditos.

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O QUESTIONÁRIO VARK

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Modelo Vark

Infográfico do modelo VARK

Cada pessoa tem um jeito próprio de aprender. O estudo do estilo de aprendizado de cada um tem sido objeto de pesquisas que buscam as melhores técnicas para ensinar e aprender. Conhecer e dominar esse assunto é fundamental para o designer instrucional que quer projetar uma boa experiência de e-learning.

 

O MODELO VARK

Quantas vezes você já ouviu falar que uma imagem vale mais do que mil palavras? De acordo com proponentes do modelo VARK não é bem assim que acontece, pelos menos para boa parte das pessoas.

O modelo VARK é baseado em um questionário cujo resultado identifica como o respondente prefere aprender ou ensinar. Por exemplo, algumas pessoas gostam mais de aprender vendo, outras ouvindo. Existem aquelas que preferem ler e escrever e as que aprendem melhora través de uma experiência cinestésica. Seja como for, os resultados do questionário indicam somente as preferências individuais de ensino e aprendizado e não os pontos de vista dos respondentes sobre como as coisas deveriam ser.

O questionário VARK é uma ferramenta utilizada para identificar o perfil das preferências de aprendizado de um ou mais alunos

O nome VARK é decorrente do acrônimo de Visual, Aural, Read/Write e Kinesthetic (visual, auditivo, leitor/escritor e cinestésico). Esse modelo foi proposto pela primeira vez em 1992,pelos pesquisadores neozelandeses Neil D. Fleming e Colleen Mills, quando investigavam processos de ensino e aprendizado.

Existem cinco estilos de ensino/aprendizado de acordo com o modelo VARK: visual, auditivo, leitor/escritor, cinestésico e multimodal.

 

1. VISUAL

Categorizamos como visuais, as pessoas que preferem ensinar/aprender utilizando organizadores gráficos.

Os organizadores gráficos são todas as ferramentas de comunicação que fazem uso de símbolos visuais para apresentar conceitos, raciocínios ou idéias e relações entre eles. Podem estar na forma de mapas, diagramas, gráficos, esquemas ou qualquer outra forma visual utilizada para destacar e transmitir informação. Deve-se frisar que nessa modalidade não se inclui a utilização de recursos visuais como fotografias e vídeos.

Existe um estudo que comprova que o uso de organizadores gráficos melhoram a performance dos alunos nas seguintes áreas:

  • Retenção – auxiliam a memória quando utilizados em conjunto com informações verbais;
  • Leitura e compreensão – ajudam significativamente na leitura e compreensão;
  • Desempenho – aumentam o desempenho de alunos;
  • Habilidades de raciocínio e aprendizado – reforçam as capacidades crítica e dos pensamentos de ordem superior (Taxonomia de Bloom).

 

2. AUDITIVO

Esse é o estilo de aprendizado dos que preferem ouvir e falar. Pessoas com essa preferência utilizam as variações no tom de voz de quem fala para memorizar e compreender a mensagem. Por exemplo, para memorizar o número de um telefone, o aluno com o estilo auditivo fala o número em voz alta para, posteriormente, resgatar o número através da lembrança de como a fala soou em seus ouvidos.

Os auditivos apresentam grande habilidade para reter e processar informações que são transmitidas através de palestras, apresentações, podcasts, grupos de discussão, programas de rádio, telefone, chats e e-mail (quando a comunicação por e-mail ocorre com a informalidade de uma conversa).

Possuem o costume de falar suas idéias antes de formular seu raciocínio, o famoso “pensar alto”. Também repetem ou fazem perguntas aparentemente óbvias sobre o que já foi dito. Quando isso acontece, estão, na verdade, elaborando seus processos de aprendizado através da escuta da própria voz. Ao lerem um texto necessitam de uma referência auditiva em segundo plano (música, TV, pessoas falando) para ajudá-los a compreender o que está sendo passado.

Para atender a demanda de alunos auditivos, o professor/design instrucional pode:

  • Promover discussões em grupo;
  • Fazer leitura sem voz alta, se possível colocando as informações em um padrão rítmico (poema, rap, música, jogral);
  • Solicitar aos alunos que leiam textos em voz alta;
  • Gravar e ouvir repetidamente partes das aulas.

 

3. LEITORES/ESCRITORES

As pessoas que possuem esse estilo de aprendizado dão preferência para as informações apresentadas através de palavras na forma de texto, como artigos, manuais, relatórios e ensaios.

De um modo geral,esse é o estilo mais com um no ambiente acadêmico, onde ler e escrever são habilidades muito valorizadas por professores e alunos. Os meios de ensino e aprendizado mais buscados por essas pessoas são os dicionários, periódicos, enciclopédias e páginas da internet que apresentem muito texto escrito.

Algumas estratégias de aprendizado para as pessoas que possuem esse perfil são: organizar o conhecimento no formato de listas, glossários e notas, inclusive transformando gráficos e diagramas em frases escritas. Posteriormente, sugere-se a leitura do material e a reescrita do mesmo de forma diferente.

 

4. CINESTÉSICO

Cinestesia é o conjunto de sensações por onde percebemos nossos movimentos musculares (não confundir com sinestesia). Aqueles que têm essa preferência de ensino/aprendizado valorizam as experiências onde prevalecem as atividades físicas ao invés da postura física passiva.

O perfil cinestésico é identificado na teoria das inteligências múltiplas de H. Gardner como “corporal-cinestésica” e caracterizam as pessoas que utilizam o corpo para criar ou fazer algo.

As pessoas com esse estilo aprendem melhor fazendo, ao invés de verem ou ouvirem os outros fazendo. Pessoas cinestésicas têm boas performances em atividades como experiências em laboratórios, demonstrações, encenações, role playing, atividades esportivas e qualquer outra que permita o movimento do corpo.

É comum que essas pessoas realizem outras tarefas simultaneamente ao processo de aprendizado, o que lhes ajudará a reter o conhecimento e reforçar as memórias de curto e longo prazo. Possuem muita vitalidade, o que pode se reverter em quadros de agitação, inquietação ou impaciência.

5. MULTIMODAL

Muitas vezes as pessoas apresentam comportamentos mais complexos do que os estilos individuais, mesclando mais de um estilo simultaneamente. Essas pessoas são denominadas pelo modelo VARK como multimodais e podem ser divididas em dois tipos:

VARK Tipo 1 – são aqueles que têm flexibilidade na forma de ensino/aprendizado e que mudam de estilo de acordo com o contexto. Podem assumir de dois a quatro estilos de aprendizado simultâneos dependendo da situação;

VARK Tipo 2 – são aqueles que não se satisfazem enquanto não passarem por todos seus estilos de preferência. Por se deterem em cada estilo, necessitam de mais tempo no processo de ensino/aprendizado. Em contrapartida, adquirem um conhecimento mais profundo e amplo sobre os temas em questão. Freqüentemente podem ser tachados como atrasados ou procrastinadores. Mas na verdade, essa demanda de tempo estendida pode significar apenas a necessidade de adquirirem mais informação antes de agirem.

 

O QUESTIONÁRIO VARK

O questionário possui 16 questões do tipo múltipla escolha. Na versão dinâmica são solicitadas algumas informações pessoais sobre o respondente no final do questionário. Cada questão possui quatro alternativas e o respondente pode optar por marcar nenhuma, uma, duas, três ou quatro opções. Quando o contexto da questão não é clara, sugere-se marcar mais de uma opção.

É importante frisar para o respondente que os resultados devem indicar suas preferências individuais de ensino e aprendizado, e não seus pontos de vista sobre como as coisas devam ser. Isso evitará que eles fiquem ansiosos em ter que mostrar opiniões.

Existe uma versão comercial do questionário disponibilizado online (http://business.vark-learn.com/). Para grupos de pessoa sem empresas, instituições de ensino e outras organizações, é possível abrir uma modalidade que reúne as respostas do grupo e gera estatísticas com as suas preferências. Em posse desse resultado, o designer instrucional poderá traçar estratégias mais seguras para o projeto de e-learning.

Do ponto de vista do VARK não existem estilos melhores ou piores. Por isso, os resultados revelados pelo questionário devem ser utilizados para refletir sobre as preferências de aprendizado e nunca para enquadrarem os respondentes em um modelo inflexível. O perfil do público tem influência sobre os resultados. Se aplicarmos o questionário para um grupo de acadêmicos da área jurídica provavelmente serão reveladas preferências distintas das preferências do questionário aplicado para um grupo de atletas.

 

ESTATÍSTICAS

Até maio de 2014 o questionário VARK do site www.vark-learn.com teve 20.254 respondentes distribuídos da seguinte forma:

 

vark grafico

CRÍTICAS

Apesar da extensa utilização que podemos fazer do questionário VARK não podemos deixar de considerar algumas das críticas que são feitas a ele:

  • Não existem evidências conclusivas de que haja aumento de aprendizado de um aluno quando o professor altera o estilo de ensino para o da preferência do aluno;
  • A mudança de estilo não garante melhor velocidade, nem melhor resultado do aprendizado;
  • Os estilos de aprendizado não são as únicas coisas que um professor deve levar em consideração. Aspectos como conhecimento prévio e entusiasmo são muito mais relevantes;
  • O que deve mudar o estilo de ensino é a natureza do conteúdo e não as características dos alunos;
  • É muito melhor criar cursos baseados em argumentos motivacionais dos alunos do que em seus estilos de aprendizado;
  • Em muitos casos é bem melhor utilizar estratégias que utilizam vários sentidos do as que priorizam apenas um;
  • Os estilos apontam apenas uma preferência dos alunos e não a forma como eles aprendem melhor.

 

CONCLUSÃO

O questionário VARK é uma ferramenta utilizada para identificar o perfil das preferências de aprendizado de um ou mais alunos. Com o resultado do questionário em mãos, o desginer instrucional terá mais informações para decidir quais estratégias irá utilizar em seu projeto de e-learning.

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