Posts

INFOGRÁFICOS NATURAIS – a evolução a olhos vistos

Quando Alexander Fleming descobriu o primeiro antibiótico, a penicilina, em 1928 a comunidade científica vislumbrou um mundo onde as infecções não existiriam mais.

Mas, aos poucos, foi-se verificando que não é bem assim. Ocorre que, a cada dose de um certo tipo de antibiótico, as bactérias atingidas originam uma nova linhagem, muito mais resistente ao medicamento.

Essa evolução das bactérias se dá através da mutação. Para muitos seres vivos a evolução ocorre ao longo de milhares de anos.

Em um surpreendente experimento, desenvolvido em Harvard e no Technion – Israel Institute of Technology, pode-se ver a evolução acontecendo ao longo de apenas doze dias.

O experimento foi feito sobre uma grande placa de Petri retangular com dimensões aproximadas de 120 por 60 cm. Como você deve lembrar das aulas de Biologia, as placas de Petri são utilizadas em laboratórios para a cultura de microrganismos. Nelas é depositado um caldo com nutrientes para que os microrganismos que serão estudados se alimentem e se reproduzam.

Na placa desse experimento foram definidas 9 faixas verticais. Nas faixas das extremidades direita e esquerda foram introduzidas bactérias do tipo E. coli. Para as faixas que se aproximavam do centro foi introduzida uma quantidade crescente de antibiótico. Quanto mais ao centro, a concentração do antibiótico era 10 vezes maior.

É como se um infográfico fosse desenhado pela natureza, comprovando que a utilização inteligente de um pensamento visual tem muito a contribuir no campo da inovação científica e tecnológica.

Uma câmera de vídeo foi fixada sobre a placa de Petri para registrar o experimento em timelapse. No vídeo, pode-se visualizar a expansão das bactérias nas primeiras faixas das extremidades e o momento em que encontram a próxima faixa impregnada com a primeira concentração do antibiótico.

Para poder avançar, as bactérias sofrem mutações tornando-se resistentes ao medicamento. Nota-se um pequeno foco onde ocorre a mutação e por onde a nova cepa de bactérias iniciarão a invasão.

É como se um infográfico fosse desenhado pela natureza, comprovando que a utilização inteligente de um pensamento visual tem muito a contribuir no campo da inovação científica e tecnológica.

A jornada continua e as bactérias vão avançando e mutando a cada encontro com a próxima faixa até dominarem o centro.

Inspirado pelo experimento de Harvard, o designer de informação Tony Chu criou a excelente simulação Antibiotic Resistance Simulation. O código da simulação é aberto e ele utilizou o editor Blockbuilder e a biblioteca D3.js, vale conferir (link abaixo).

Além do belíssimo design de informação, esse experimento que vimos busca entender os padrões com que as bactérias reagem aos antibióticos. Nada mais justificado, já que em 2050 estima-se que as doenças causadas por micróbios resistentes causem mais mortes do que o câncer.

LINKS

[button color=”custom” text_color=”#ffffff” url=”https://www.clevercorp.com.br/publicacoes/”]VOLTAR PARA TODAS AS PUBLICAÇÕES[/button]

O QUE VAI TER DE ALMOÇO? BIG DATA!

,

No site The Rhythm of Food a turma do Google News Lab disponibiliza o resultado de um trabalho incrível que procura padrões escondidos nas tendências de busca do Google. Mais especificamente, sobre buscas de termos relacionados a alimentos.

O projeto responde à pergunta de como são feitas essas buscas. A resposta, na forma de uma página na web com infográficos interativos, é bem completa e mostra as tendências de alta e queda das buscas de receitas, ingredientes, dietas, bebidas e culinárias regionais.

Ferramentas de visualização de dados permitem detectar padrões nunca imaginados e ver o mundo de forma bem diferente do que conhecíamos.

Para gerar os infográficos foram coletados dados semanais do Google Trends (ver abaixo) dos últimos doze anos ao redor do mundo. Esses dados foram então plotados em infográficos interativos do tipo “year clock”.

Muito conhecimento pode ser extraído desse resultado. Por exemplo, o termo “diet” mostra uma evidente tendência de alta no mês de janeiro com queda crescente até dezembro (por que será?).

Infográfico do termo "diet"

Infográfico do termo “diet”


O infográfico do drinque Cosmopolitan (a base de vodca, licor de laranja, cranberry e limão) teve uma alta surpreendente em fevereiro de 2004. Nesse mesmo mês terminou a famosa série de TV “Sex and the City” que popularizou a bebida (fiquei com vontade de experimentar).

Infográfico do termo "cosmopolitan"

Infográfico do termo “cosmopolitan”

 

As buscas do termo “aspargo” na Alemanha está fortemente concentrado nos meses de abril e maio, que coincidem com a safra desse saboroso vegetal no país europeu.

Infográfico do termo "aspargo"

Infográfico do termo “aspargo”

 

Além desses, existem outros destaques de padrões bem interessantes e você também pode fazer pesquisas por conta própria utilizando a sua primorosa interface de usuário (user interface).

Para o projeto The Rhythm of Food foram analisados centenas de ingredientes, receitas e outros termos associados a alimentação. Todos os dados da pesquisa foram fornecidos pelo Google Trends além da ajuda do Google Knowledge Graph, uma ferramenta incrível que permite, por exemplo, distinguir o termo “café” bebida” do termo “café” estabelecimento comercial onde se toma café.

 

AGORA É A SUA VEZ

Muita gente não sabe, mas o Google disponibiliza uma ferramenta para a visualização dos termos mais buscados na internet desde 2004. Se você acessar o Google Trends e fizer uma consulta sobre o termo “repolho”, selecionando a opção “2004 – presente”, verá um gráfico com a evolução desse termo como ele foi buscado no Google nos últimos doze anos.

É possível incluir outros termos para efeito de comparação. Por exemplo, “couve”. Então, surge um novo gráfico onde são apresentadas as evoluções das buscas dos dois termos no mesmo período.

clever_corp_rimo_do_alimento_01

No eixo temos x a distribuição de tempo. No eixo y os números representam o interesse de pesquisa,
sendo 100 o pico de popularidade de um termo e 0 a sua impopularidade.

 

O que será que determina as oscilações de alta e baixa na busca de um termo. Podem ser diversos fatores, como vimos nos exemplos do The Rhythm of Food, e a ferramenta permite inserir novos termos de busca para inferir os motivos dessas variações.

A ferramenta também permite filtrar por região (país, estado), período, categorias e tipos de mídia. Os resultados são sempre apresentados utilizando o que há de melhor na visualização de dados (os caras do Google sabem dar valor ao que importa).

A essa hora você deve estar pensando quanta coisa pode ser feita com essa ferramenta. Sim, é muita coisa. Além das óbvias pesquisas de Marketing, é possível extrair conhecimento de como as pessoas, se comportam, pensam e aprendem.

Ferramentas de visualização de dados como essa nos permitem detectar padrões nunca imaginados e ver o mundo de forma bem diferente do que conhecíamos.

 

E O QUE MAIS?

Esse exemplo mostra o que pode ser feito com um monte de números colhidos no big data. E nas frestas dessa breve reflexão vislumbramos o que está para surgir na educação regular, educação corporativa e gestão do conhecimento.

Mas o que mais me fascina em projetos como esses é a possibilidade de humanizar o material proveniente do big data. Humanizar aqui significa dar a eles um propósito, torna-los relevantes e úteis para as pessoas. E esse grau de sofisticação só pode ser atingido se forem suficientemente belos e funcionais.

 

LINKS

The Rhythm of Food
Google News Lab
Google Knowledge Graph
Google Trends
Cosmopolitan

[button color=”custom” text_color=”#ffffff” url=”https://www.clevercorp.com.br/publicacoes/”]VOLTAR PARA TODAS AS PUBLICAÇÕES[/button]

VISUALIZAÇÃO DE DADOS

,

Assim como seus produtos/serviços, logotipos, equipes e modelos de negócio os dados gerados por uma empresa dizem muito ao seu respeito.

Quando contextualizados em um ambiente competitivo, esses dados podem ser de grande valia nas tomadas de decisão que direcionam o cotidiano de uma empresa.

Mas como identificá-los, classificá-los e compreendê-los? Uma forma bem simples é tornando-os visíveis através de uma técnica chamada visualização de dados.

 

CONCEITUAÇÃO

Dá-se o nome de visualização de dados (data visualization, ou datavis em inglês) à representação visual de dados numéricos. Os resultados podem ser apresentados na forma de gráficos, infográficos, animações, gráficos interativos ou painéis de dados. Seu objetivo é permitir, a partir dos dados numéricos, a visualização de padrões e gerar insights.

Em outras palavras, transformar dados em informação visual que, por sua vez, pode se tornar conhecimento e até em sabedoria tal como ilustrado na Pirâmide DICS (Data Information Knowledge Wisdom – DIKW Pyramid).

DADOS > INFORMAÇÃO > CONHECIMENTO > SABEDORIA

A visualização de dados é uma área inovadora e que tem o desafio de equilibrar atributos estéticos (forma), funcionais (função) e informacionais (dados). A visualização de dados deve ir além de uma boa comunicação e estimular engajamento e atenção do espectador, revelando um conhecimento que jamais seria alcançado através de uma mera lista de números.

 

VER É PODER

Para o estatístico sueco Hans Rosling “Dados estatísticos não chegam até as pessoas naturalmente. Muito pelo contrário. A maioria das pessoas entendem o mundo de forma tendenciosa ao generalizar experiências pessoais. Os meios de comunicação tratam os eventos ‘dignos de notícia’ de maneira exagerada, dando importância para mudanças rápidas e desconsiderando as mudanças lentas e estáveis”.

A visualização de dados é uma área inovadora e que tem o desafio de equilibrar atributos estéticos (forma), funcionais (função) e informacionais (dados).

A visualização de dados em dispositivos digitais ganha um poder adicional através de animações e recursos interativos. Na tela de um computador, por exemplo, o usuário pode selecionar, filtrar, relacionar, animar e visualizar séries de dados em tempo real obtendo resultados surpreendentes.

 

APLICAÇÕES

A visualização de dados tem crescido muito nos últimos anos. No ambiente corporativo as aplicações podem ser em sistemas de controle financeiro, gestão empresarial (ERP), inteligência de negócios (BI), gerenciamento de relacionamento com clientes (CRM), marketing digital, educação corporativa e qualquer outra aplicação que utilize bases de dados.

A área de educação corporativa, especificamente, tem muito a se beneficiar com essa tecnologia, seja através da visualização de dados que fazem parte do escopo dos conteúdos de treinamento e desenvolvimento, seja através da visualização dos dados de acesso dos usuários em um sistema de e-learning.

 

FERRAMENTAS

Listamos algumas ferramentas que integram as áreas de visualização de dados e inteligência de negócios:

Pentaho
http://www.pentaho.com/
Plataforma de integração de dados e análise de negócios.

Geckoboard
www.geckoboard.com
Plataforma web de integração e visualização de dados.

Sisense
http://www.sisense.com/
Software de inteligência de negócios e painel de dados.

Birst
www.birst.com
Plataforma de inteligência de negócios e análise de dados.

IBM Cognos Business Intelligence
http://www-03.ibm.com/software/products/en/business-intelligence
Plataforma de inteligência de negócios e análise de dados.

TIBCO Spotfire
http://spotfire.tibco.com/
Software de análise e exploração de dados.

Necto
http://www.panorama.com/
Solução de inteligência de negócios e descoberta de dados.

Quadbase Systems
http://www.quadbase.com/
Solução de inteligência de negócios, gráficos e painéis de dados.

Chartio
https://chartio.com
Ferramenta intuitiva de criação de gráficos e painéis de dados.

Clear Analytics
http://www.clearanalyticsbi.com/
Solução de inteligência de negócios, gráficos e painéis de dados.

Halo BI
http://halobi.com/
Solução de inteligência de negócios, gráficos e painéis de dados.

[button color=”custom” text_color=”#ffffff” url=”https://www.clevercorp.com.br/publicacoes/”]VOLTAR PARA TODAS AS PUBLICAÇÕES[/button]