O QUESTIONÁRIO VARK

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Modelo Vark

Infográfico do modelo VARK

Cada pessoa tem um jeito próprio de aprender. O estudo do estilo de aprendizado de cada um tem sido objeto de pesquisas que buscam as melhores técnicas para ensinar e aprender. Conhecer e dominar esse assunto é fundamental para o designer instrucional que quer projetar uma boa experiência de e-learning.

 

O MODELO VARK

Quantas vezes você já ouviu falar que uma imagem vale mais do que mil palavras? De acordo com proponentes do modelo VARK não é bem assim que acontece, pelos menos para boa parte das pessoas.

O modelo VARK é baseado em um questionário cujo resultado identifica como o respondente prefere aprender ou ensinar. Por exemplo, algumas pessoas gostam mais de aprender vendo, outras ouvindo. Existem aquelas que preferem ler e escrever e as que aprendem melhora través de uma experiência cinestésica. Seja como for, os resultados do questionário indicam somente as preferências individuais de ensino e aprendizado e não os pontos de vista dos respondentes sobre como as coisas deveriam ser.

O questionário VARK é uma ferramenta utilizada para identificar o perfil das preferências de aprendizado de um ou mais alunos

O nome VARK é decorrente do acrônimo de Visual, Aural, Read/Write e Kinesthetic (visual, auditivo, leitor/escritor e cinestésico). Esse modelo foi proposto pela primeira vez em 1992,pelos pesquisadores neozelandeses Neil D. Fleming e Colleen Mills, quando investigavam processos de ensino e aprendizado.

Existem cinco estilos de ensino/aprendizado de acordo com o modelo VARK: visual, auditivo, leitor/escritor, cinestésico e multimodal.

 

1. VISUAL

Categorizamos como visuais, as pessoas que preferem ensinar/aprender utilizando organizadores gráficos.

Os organizadores gráficos são todas as ferramentas de comunicação que fazem uso de símbolos visuais para apresentar conceitos, raciocínios ou idéias e relações entre eles. Podem estar na forma de mapas, diagramas, gráficos, esquemas ou qualquer outra forma visual utilizada para destacar e transmitir informação. Deve-se frisar que nessa modalidade não se inclui a utilização de recursos visuais como fotografias e vídeos.

Existe um estudo que comprova que o uso de organizadores gráficos melhoram a performance dos alunos nas seguintes áreas:

  • Retenção – auxiliam a memória quando utilizados em conjunto com informações verbais;
  • Leitura e compreensão – ajudam significativamente na leitura e compreensão;
  • Desempenho – aumentam o desempenho de alunos;
  • Habilidades de raciocínio e aprendizado – reforçam as capacidades crítica e dos pensamentos de ordem superior (Taxonomia de Bloom).

 

2. AUDITIVO

Esse é o estilo de aprendizado dos que preferem ouvir e falar. Pessoas com essa preferência utilizam as variações no tom de voz de quem fala para memorizar e compreender a mensagem. Por exemplo, para memorizar o número de um telefone, o aluno com o estilo auditivo fala o número em voz alta para, posteriormente, resgatar o número através da lembrança de como a fala soou em seus ouvidos.

Os auditivos apresentam grande habilidade para reter e processar informações que são transmitidas através de palestras, apresentações, podcasts, grupos de discussão, programas de rádio, telefone, chats e e-mail (quando a comunicação por e-mail ocorre com a informalidade de uma conversa).

Possuem o costume de falar suas idéias antes de formular seu raciocínio, o famoso “pensar alto”. Também repetem ou fazem perguntas aparentemente óbvias sobre o que já foi dito. Quando isso acontece, estão, na verdade, elaborando seus processos de aprendizado através da escuta da própria voz. Ao lerem um texto necessitam de uma referência auditiva em segundo plano (música, TV, pessoas falando) para ajudá-los a compreender o que está sendo passado.

Para atender a demanda de alunos auditivos, o professor/design instrucional pode:

  • Promover discussões em grupo;
  • Fazer leitura sem voz alta, se possível colocando as informações em um padrão rítmico (poema, rap, música, jogral);
  • Solicitar aos alunos que leiam textos em voz alta;
  • Gravar e ouvir repetidamente partes das aulas.

 

3. LEITORES/ESCRITORES

As pessoas que possuem esse estilo de aprendizado dão preferência para as informações apresentadas através de palavras na forma de texto, como artigos, manuais, relatórios e ensaios.

De um modo geral,esse é o estilo mais com um no ambiente acadêmico, onde ler e escrever são habilidades muito valorizadas por professores e alunos. Os meios de ensino e aprendizado mais buscados por essas pessoas são os dicionários, periódicos, enciclopédias e páginas da internet que apresentem muito texto escrito.

Algumas estratégias de aprendizado para as pessoas que possuem esse perfil são: organizar o conhecimento no formato de listas, glossários e notas, inclusive transformando gráficos e diagramas em frases escritas. Posteriormente, sugere-se a leitura do material e a reescrita do mesmo de forma diferente.

 

4. CINESTÉSICO

Cinestesia é o conjunto de sensações por onde percebemos nossos movimentos musculares (não confundir com sinestesia). Aqueles que têm essa preferência de ensino/aprendizado valorizam as experiências onde prevalecem as atividades físicas ao invés da postura física passiva.

O perfil cinestésico é identificado na teoria das inteligências múltiplas de H. Gardner como “corporal-cinestésica” e caracterizam as pessoas que utilizam o corpo para criar ou fazer algo.

As pessoas com esse estilo aprendem melhor fazendo, ao invés de verem ou ouvirem os outros fazendo. Pessoas cinestésicas têm boas performances em atividades como experiências em laboratórios, demonstrações, encenações, role playing, atividades esportivas e qualquer outra que permita o movimento do corpo.

É comum que essas pessoas realizem outras tarefas simultaneamente ao processo de aprendizado, o que lhes ajudará a reter o conhecimento e reforçar as memórias de curto e longo prazo. Possuem muita vitalidade, o que pode se reverter em quadros de agitação, inquietação ou impaciência.

5. MULTIMODAL

Muitas vezes as pessoas apresentam comportamentos mais complexos do que os estilos individuais, mesclando mais de um estilo simultaneamente. Essas pessoas são denominadas pelo modelo VARK como multimodais e podem ser divididas em dois tipos:

VARK Tipo 1 – são aqueles que têm flexibilidade na forma de ensino/aprendizado e que mudam de estilo de acordo com o contexto. Podem assumir de dois a quatro estilos de aprendizado simultâneos dependendo da situação;

VARK Tipo 2 – são aqueles que não se satisfazem enquanto não passarem por todos seus estilos de preferência. Por se deterem em cada estilo, necessitam de mais tempo no processo de ensino/aprendizado. Em contrapartida, adquirem um conhecimento mais profundo e amplo sobre os temas em questão. Freqüentemente podem ser tachados como atrasados ou procrastinadores. Mas na verdade, essa demanda de tempo estendida pode significar apenas a necessidade de adquirirem mais informação antes de agirem.

 

O QUESTIONÁRIO VARK

O questionário possui 16 questões do tipo múltipla escolha. Na versão dinâmica são solicitadas algumas informações pessoais sobre o respondente no final do questionário. Cada questão possui quatro alternativas e o respondente pode optar por marcar nenhuma, uma, duas, três ou quatro opções. Quando o contexto da questão não é clara, sugere-se marcar mais de uma opção.

É importante frisar para o respondente que os resultados devem indicar suas preferências individuais de ensino e aprendizado, e não seus pontos de vista sobre como as coisas devam ser. Isso evitará que eles fiquem ansiosos em ter que mostrar opiniões.

Existe uma versão comercial do questionário disponibilizado online (http://business.vark-learn.com/). Para grupos de pessoa sem empresas, instituições de ensino e outras organizações, é possível abrir uma modalidade que reúne as respostas do grupo e gera estatísticas com as suas preferências. Em posse desse resultado, o designer instrucional poderá traçar estratégias mais seguras para o projeto de e-learning.

Do ponto de vista do VARK não existem estilos melhores ou piores. Por isso, os resultados revelados pelo questionário devem ser utilizados para refletir sobre as preferências de aprendizado e nunca para enquadrarem os respondentes em um modelo inflexível. O perfil do público tem influência sobre os resultados. Se aplicarmos o questionário para um grupo de acadêmicos da área jurídica provavelmente serão reveladas preferências distintas das preferências do questionário aplicado para um grupo de atletas.

 

ESTATÍSTICAS

Até maio de 2014 o questionário VARK do site www.vark-learn.com teve 20.254 respondentes distribuídos da seguinte forma:

 

vark grafico

CRÍTICAS

Apesar da extensa utilização que podemos fazer do questionário VARK não podemos deixar de considerar algumas das críticas que são feitas a ele:

  • Não existem evidências conclusivas de que haja aumento de aprendizado de um aluno quando o professor altera o estilo de ensino para o da preferência do aluno;
  • A mudança de estilo não garante melhor velocidade, nem melhor resultado do aprendizado;
  • Os estilos de aprendizado não são as únicas coisas que um professor deve levar em consideração. Aspectos como conhecimento prévio e entusiasmo são muito mais relevantes;
  • O que deve mudar o estilo de ensino é a natureza do conteúdo e não as características dos alunos;
  • É muito melhor criar cursos baseados em argumentos motivacionais dos alunos do que em seus estilos de aprendizado;
  • Em muitos casos é bem melhor utilizar estratégias que utilizam vários sentidos do as que priorizam apenas um;
  • Os estilos apontam apenas uma preferência dos alunos e não a forma como eles aprendem melhor.

 

CONCLUSÃO

O questionário VARK é uma ferramenta utilizada para identificar o perfil das preferências de aprendizado de um ou mais alunos. Com o resultado do questionário em mãos, o desginer instrucional terá mais informações para decidir quais estratégias irá utilizar em seu projeto de e-learning.

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SURGE A CLEVER CORP

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A Clever Corp surge com a proposta de revigorar a linguagem de treinamento, capacitação e formação no mercado de e-learning.

Ao mesmo tempo que temos uma crescente demanda de pessoal qualificado dentro das organizações, ocorre que os quadros dos colaboradores estão cada vez mais tomados pelos nativos digitais (pessoas que nasceram e cresceram em meio às novas tecnologias). Como consequência disso, a importância da educação corporativa passar por uma reformulação.

Atualmente a comunicação está pautada pela mescla de alguns recursos antigos com linguagens completamente novas. MOOCs, vídeo aulas, infográficos, visualização de dados, e-books, simulações, plataformas adaptativas são alguns, entre tantos outros termos, que só de escrever já ficam obsoletos.

E as novidades não param por aí. Em paralelo às tecnologias do mundo dos bits, existem inúmeros estudos buscando as melhores técnicas de ensino e aprendizado. Afinal, não poderia ser diferente: a nova realidade pede cada vez mais conhecimento no menor tempo possível.

Esse conhecimento transita entre teorias tradicionais do ensino e aprendizado, descobertas da neurociência e recursos de tecnologia. O nome dado para essa atividade não poderia ser mais provocador: Design Instrucional.

Em sua prancheta o designer instrucional reúne todos os elementos desse complexo sistema para traçar as melhores estratégias de ensino e aprendizado. Seu objetivo é promover um processo de aperfeiçoamento de pessoas no ambiente corporativo através do conhecimento.

E é nessa perspectiva que a Clever Corp se posiciona, acreditando que as organizações se tornam melhores para as pessoas quando desenvolvem e compartilham conhecimento; e que isso pode ser alcançado através de soluções diferenciadas de e-learning.

Para seus primeiros passos, a Clever Corp traz na sua mochila criatividade, inovação e inteligência. Além disso, conta com relacionamentos profissionais, processos e metodologias herdados de Mamute Mídia em seus 20 anos de atuação com projetos premiados no Brasil e no exterior.

Com muito entusiasmo demos partida e seguimos de encontro ao nosso sonho de nos tornar a empresa mais criativa do segmento de educação corporativa do Brasil.

Prezi

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