ESTILOS DE APRENDIZAGEM DE KOLB

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Estilos de aprendizado de Kolb

Imagine que você acaba de ganhar um tablet de última geração. Após tirá-lo da caixa, o que você fará para aprender a utilizá-lo?

a) colocará a “mão na massa” para aprender fazendo;
b) seguirá detalhadamente os procedimentos sugeridos pelo manual;
c) utilizará seu aparelho antigo como modelo;
d) observará como as outras pessoas o fazem.

De acordo com o Inventário de Estilos de de Aprendizagem de Kolb (“Learning Styles Inventory” – LSI), ao optar por uma das alternativas acima você estará indicando a forma como gosta de aprender.

O Inventário de Estilos de de Aprendizagem de Kolb foi desenvolvido no início dos anos 70 pelo norte americano David Kolb e é resultante de um estudo mais amplo, denominado Teoria de aprendizagem de Kolb. De acordo com ele é possível detectar como as pessoas gostam de aprender.

 

TEORIA DA APRENDIZAGEM DE KOLB

Segundo Kolb, podemos mapear o processo de aprendizagem sobre dois eixos: Processamento (como fazemos as coisas) e Percepção (como pensamos sobre as coisas).

Nas extremidades desses eixos temos dois “modos” opostos e conflitantes. No eixo do Processamento temos os modos “Experimentação Ativa” de um lado e o “Observação Reflectiva” do outro. No eixo do Processamento temos a “Experiência Concreta” de um lado e a “Conceitualização Abstrata” do outro. Ao serem sobrepostos, os dois eixos formam o diagrama de aprendizagem.

Essa ferramenta pode ser muito útil para os designers instrucionais, professores, facilitadores e palestrantes em suas atividades de ensino e aprendizado

 

DEFINIÇÃO DOS ESTILOS

Para mapear o estilo de um processo de aprendizagem, marca-se um ponto sobre cada um dos eixos de acordo com a tendência de aproximação ou distanciamento em relação aos modos. Dependendo do quadrante que a intersecção dos dois pontos se encontra, determina-se um dos quatro estilos de aprendizagem: Acomodativo, Convergente, Divergente ou Assimilador.

 

CARACTERIZAÇÃO DOS ESTILOS

Vamos saber mais sobre as características de cada estilo. Em qual deles você se identifica mais?

Acomodativo (EC/EA) – são pessoas que aprendem melhor experimentando e realizando, como por exemplo através de atividades práticas, apresentações, role-plays e debates. Combinam o gosto de colocar “a mão na massa” com atividades concretas. Utilizam mais a intuição do que a lógica. Costumam utilizar a opinião de outras pessoas ao invés das suas próprias, por isso costumam fazer muitas perguntas. Assumem uma abordagem prática e vivencial. São sociáveis, preferindo trabalhar em equipe. Costumam ser importantes em situações onde são necessárias ações e iniciativas para a realização de tarefas. Por terem pouca habilidade analítica são impulsivas. É o estilo predominante da maioria das pessoas.

Convergente (EA/CA) – são pessoas que aprendem melhor pensando e realizando. Combinam o gosto de colocar “a mão na massa” com aspectos teóricos. Gostam de realizar atividades com indicações sequenciais detalhadas (como aquelas dos manuais de operação de aparelhos), solucionar problemas específicos e testar hipóteses (tentativa e erro). Tem habilidades em encontrar aplicações práticas para ideias e teorias. Possuem poucas habilidades sociais e intra pessoais, preferindo trabalhar sozinhos realizando tarefas técnicas sem se relacionarem com outras pessoas. Não apresentam dificuldades ao experimentar inovações para solucionar problemas práticos.

Divergente (OR/EC) – são pessoas que aprendem melhor combinando sensações com observações, ou seja através de atividades práticas seguidas de um retorno. Possuem muita sensibilidade artística e conseguem ver as coisas de perspetivas diferentes. Preferem observar ao invés de agir. Suas estratégias para a solução de problemas iniciam coletando informações para em seguida usarem a criatividade e a inventividade para oferecer mais de uma solução possível. A denominação “divergentes” se dá pelo fato de terem bom desempenho em situações que requerem geração de idéias, como grupos de trabalho e brainstorms. Possuem vasto interesse cultural e gostam de pessoas. Preferem trabalhar em grupo, ouvindo sugestões com mente aberta e recebendo feedbacks pessoais. Gostam de autonomia na busca de conhecimento.

Assimilador (CA/OR) – aprendem melhor combinando observação e pensamento, por isso suas preferências por palestras, conferências e aulas. Para eles, idéias e conceitos abstratos são mais importantes do que pessoas, portanto são pouco sociáveis. Tem facilidade com números e modelos conceituais, preferindo especulações abstratas em detrimento de situações práticas. Compreendem as informações de forma ampla e as organizam de forma clara e lógica. Tem propensão para a carreira científica. Gostam de explorar modelos analíticos e de ter tempo para pensar e refletir sobre as coisas.

 

CONCLUSÃO

Essa ferramenta pode ser muito útil para os designers instrucionais, professores, facilitadores e palestrantes em suas atividades de ensino e aprendizado. Vale dizer que os estilos não são traços fixos de personalidade, mas padrões estáveis ​​de comportamento e podem variar dependendo das circunstâncias. Por isso, podem ser considerados mais como preferências de aprendizagem do que “estilos” propriamente ditos.

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