O QUE VAI TER DE ALMOÇO? BIG DATA!

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No site The Rhythm of Food a turma do Google News Lab disponibiliza o resultado de um trabalho incrível que procura padrões escondidos nas tendências de busca do Google. Mais especificamente, sobre buscas de termos relacionados a alimentos.

O projeto responde à pergunta de como são feitas essas buscas. A resposta, na forma de uma página na web com infográficos interativos, é bem completa e mostra as tendências de alta e queda das buscas de receitas, ingredientes, dietas, bebidas e culinárias regionais.

Ferramentas de visualização de dados permitem detectar padrões nunca imaginados e ver o mundo de forma bem diferente do que conhecíamos.

Para gerar os infográficos foram coletados dados semanais do Google Trends (ver abaixo) dos últimos doze anos ao redor do mundo. Esses dados foram então plotados em infográficos interativos do tipo “year clock”.

Muito conhecimento pode ser extraído desse resultado. Por exemplo, o termo “diet” mostra uma evidente tendência de alta no mês de janeiro com queda crescente até dezembro (por que será?).

Infográfico do termo "diet"

Infográfico do termo “diet”


O infográfico do drinque Cosmopolitan (a base de vodca, licor de laranja, cranberry e limão) teve uma alta surpreendente em fevereiro de 2004. Nesse mesmo mês terminou a famosa série de TV “Sex and the City” que popularizou a bebida (fiquei com vontade de experimentar).

Infográfico do termo "cosmopolitan"

Infográfico do termo “cosmopolitan”

 

As buscas do termo “aspargo” na Alemanha está fortemente concentrado nos meses de abril e maio, que coincidem com a safra desse saboroso vegetal no país europeu.

Infográfico do termo "aspargo"

Infográfico do termo “aspargo”

 

Além desses, existem outros destaques de padrões bem interessantes e você também pode fazer pesquisas por conta própria utilizando a sua primorosa interface de usuário (user interface).

Para o projeto The Rhythm of Food foram analisados centenas de ingredientes, receitas e outros termos associados a alimentação. Todos os dados da pesquisa foram fornecidos pelo Google Trends além da ajuda do Google Knowledge Graph, uma ferramenta incrível que permite, por exemplo, distinguir o termo “café” bebida” do termo “café” estabelecimento comercial onde se toma café.

 

AGORA É A SUA VEZ

Muita gente não sabe, mas o Google disponibiliza uma ferramenta para a visualização dos termos mais buscados na internet desde 2004. Se você acessar o Google Trends e fizer uma consulta sobre o termo “repolho”, selecionando a opção “2004 – presente”, verá um gráfico com a evolução desse termo como ele foi buscado no Google nos últimos doze anos.

É possível incluir outros termos para efeito de comparação. Por exemplo, “couve”. Então, surge um novo gráfico onde são apresentadas as evoluções das buscas dos dois termos no mesmo período.

clever_corp_rimo_do_alimento_01

No eixo temos x a distribuição de tempo. No eixo y os números representam o interesse de pesquisa,
sendo 100 o pico de popularidade de um termo e 0 a sua impopularidade.

 

O que será que determina as oscilações de alta e baixa na busca de um termo. Podem ser diversos fatores, como vimos nos exemplos do The Rhythm of Food, e a ferramenta permite inserir novos termos de busca para inferir os motivos dessas variações.

A ferramenta também permite filtrar por região (país, estado), período, categorias e tipos de mídia. Os resultados são sempre apresentados utilizando o que há de melhor na visualização de dados (os caras do Google sabem dar valor ao que importa).

A essa hora você deve estar pensando quanta coisa pode ser feita com essa ferramenta. Sim, é muita coisa. Além das óbvias pesquisas de Marketing, é possível extrair conhecimento de como as pessoas, se comportam, pensam e aprendem.

Ferramentas de visualização de dados como essa nos permitem detectar padrões nunca imaginados e ver o mundo de forma bem diferente do que conhecíamos.

 

E O QUE MAIS?

Esse exemplo mostra o que pode ser feito com um monte de números colhidos no big data. E nas frestas dessa breve reflexão vislumbramos o que está para surgir na educação regular, educação corporativa e gestão do conhecimento.

Mas o que mais me fascina em projetos como esses é a possibilidade de humanizar o material proveniente do big data. Humanizar aqui significa dar a eles um propósito, torna-los relevantes e úteis para as pessoas. E esse grau de sofisticação só pode ser atingido se forem suficientemente belos e funcionais.

 

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